sexta-feira, 20 de junho de 2014

Hiato



Nossa! Quanto tempo longe daqui sem postar nada. Sem escrever, expor emoções e opiniões. Foram mais de três meses. E não foi à toa, hoje percebo. 

Mais uma fase que se passou frente aos meus olhos e eu que julgava me conhecer não percebi o que estava acontecendo nem o que estava para acontecer. 

Mas quer saber? Acabei tirando uma lição disso tudo. Nos meus momentos de euforia, imagino-me tanto com superpoderes e com supra capacidades em tudo que esqueço até mesmo de mim e das minhas limitações. Três meses se passaram e eu acreditei que poderia acordar às 5h30 para malhar, ira trabalhar, voltar e ainda praticar meu esporte à noite. Além, no meu trabalho eu conseguia fazer diversas atividades ao mesmo tempo e manter minha concentração. Muito mais, sentia a necessidade de começar diversas atividades que a vida toda julguei prazerosas e na verdade nem sabia sê-lo. Enfim, caí nesse ciclo como já havia caído diversas vezes em minha vida e com pouco menos de três meses a euforia arrefeceu e comecei a entrar na fase depressiva e ela já dura duas semanas. Difícil demais!

O Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença que te manipula psicológica e energeticamente. Quando se percebe que ESTAVA eufórico, é porque, na verdade, já se encontra em processo de depressão e vice versa.

Cheguei a uma triste conclusão em minha vida. Nunca conseguirei tocar algo com regularidade pela vida toda. Durante minha jornada, começarei com energia e empolgação uma atividade e em pouco tempo perderei o encanto por ela. Mas entenda, não é por mal, não é por desgosto ou por menosprezo. Essa é uma doença química... neste estágio que me encontro (depressão) já me deparei na cama olhando para a parede ao meu lado por minutos e minutos a fio sem me mexer e sem coragem para tal. Lá no fundo existe uma vontade, porém vai além das minhas forças. Não é preguiça. Não, não é.

Sinto muito por ter decepcionado as pessoas que me conheceram na minha fase eufórica, já que sou uma pessoa extraordinária nesse momento. Porém, na "virada" sou outra pessoa, confesso. Acreditem, não faço por mal.