Por tantas vezes me deparei olhando fixo em algum lugar distante e com
os olhos tão distantes... pensamentos, então, ainda mais distantes. O
que há em meu silêncio? Fui questionado, desafiado, e parei para
enxergar meu silêncio que tantas vezes incomoda sem querer incomodar.
Perguntaram: - Tenho curiosidade em saber o que há por trás do seu silêncio.
Meu silêncio tem paz, mas também é turbulento. Calma! É isso mesmo. Uma mistura quase sempre de temperos, sabores, sentimentos, cores, sons de tons diferentes... Eu não sei, muitas vezes diferenciá-los. Sabe como é difícil isso? Eu sei. Mas olha, não é sempre assim. Quase sempre é possível concatenar tudo, depende de estar nos eixos e fazer um esforço pela concentração. Estar sempre em alerta constante sobre os pensamentos e como serão canalizados e também sobre as minhas ações, senão todas podem ser uma mistura mal feita de pensamentos desencontrados.
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Novamente observo que essa doença silenciosa, doença da cabeça, da alma e "coração" parece que nos surge em tempos remotos da vida e nos faz acreditar que o mundo que nos cerca é feito da mesma ótica. Eu sempre acreditei que todos viam o mundo com olhos semelhantes aos meus. Não é diferente com o silêncio que sempre habitou minha alma...
