domingo, 29 de dezembro de 2013

Mais Você - 2007 - Cássia Kiss conta como é sofrer de bipolaridade - p2.

Mais Você - 2007 - Cássia Kiss conta como é sofrer de bipolaridade - p1.

Olá, como vai?


Há tempos venho querendo postar essa entrevista da atriz Cássia Kiss sobre o Transtorno Bipolar. 

Como a minha fonte está bem seca no momento, estou bem pra baixo por alguns motivos pessoais, estou ultimamente postando fontes de informação para que nossos amigos e amigas que buscam aqui informações, possam em um só lugar, encontrá-las.


Sobre a entrevista, gostei muito. Imagino que a atriz definiu muito bem o que é o transtorno. Vi-me muito em seus depoimentos.



É isso, sugiro que vejam. Eis a 1ª parte.



Grande abraço a todos!








segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Filme - Faces de Helen

Olá amigos e amigas, como vão?

Sabemos que não são muitos os filmes que retratam a vida de bipolares; que retratam, ou tentam retratar, como os portadores de TAB se comportam com as pessoas e com o mundo. Enfim, deixo aqui mais uma sugestão de filme sobre o tema. Este eu ainda não vi. Parece-me bom, pelos comentários que vi por aí. Em breve deixo minha impressão aqui mesmo no post, logo que eu puder vê-lo.

Então, bom filme a todos!

Abraços!


***

Sinopse
Helen é uma mulher bem-sucedida que tem um casamento feliz e bom relacionamento com a filha. Porém, existe algo que ela tenta esconder: sua bipolaridade, que vem à tona em um surto devastador, mudando a forma de ver o mundo. Agora, cabe à sua família e amigos mostrar a ela que a vida continua bela.





terça-feira, 26 de novembro de 2013

Honestidade





Honestidade se faz na solidão.
Sempre tive essa frase como verdadeira para mim e sempre a entendi muito óbvia.

A anedota que vou contar hoje eu ouvi em uma video-aula de filosofia a respeito da solidão e sem querer explicitar todo aquele conteúdo visto por mim (que por sinal é riquíssimo), resolvi extrair apenas o que direi a seguir:

***

Em uma pequena vila, mas pequena mesmo, com pouquíssimos habitantes, recursos escassos e localização erma, havia um templo. Este templo mantinha-se com as mínimas doações dos seus pobres habitantes. O templo estava já a cair de tão velho e sem reparos. Os monges dali se reuniram e foram ao mestre para pedir seu conselho, sua ajuda espiritual para o caso e disseram:





- Mestre, precisamos fazer algo, o templo vai cair e todos nós vamos morrer aqui dentro!

O mestre parou de meditar, olhou para o teto, paredes, chão e disse:

- Sim, claro! Tenho uma ideia! Aqui perto tem uma pequena cidadezinha. Vão até lá e roubem.
- Mas roubar? Disseram os monges sem entender direito.
- Sim! Roubem tudo o que precisarem para a reforma, mas com uma condição: Não deixe que ninguém os veja.

Assim lá se foram os monges para a cidade vizinha roubar.
Algum tempo depois o mestre caminhando pelo templo encontra um jovem monge fazendo suas tarefas e pergunta:

- Oh, rapaz, o que está fazendo aqui?
- Estou fazendo o que o senhor me ordenou, disse o monge.
- Mas eu disse para vocês irem roubar na cidade vizinha, não foi?





- Sim, mestre! Porém, o senhor nos deu uma condição, que ninguém nos visse. Sendo assim eu não fui. Eu mesmo já estou me vendo. Eu sou um ser de auto-observação e devo me respeitar. Jamais deixaria que minha vida fosse levada a isso, mestre. Obrigado pela lição.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Um Apólogo

Machado de Assis



Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!


Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

Filas: Teste de paciência


Até hoje eu não encontrei alguém que tenha prazer de enfrentar uma fila. É preciso enfrentá-la em diversas situações, é claro. Porém, em algumas, vejo que salta em meus nervos uma vontade de explodir e sair correndo, ou pedir para que a fila ande mais rápido, ou mesmo furar uma fila. Mas a vontade não pode estar atrelada sempre à ação, senão sairemos cometendo atos de absoluta falta de respeito, ferindo a ética e os bons costumes.
Neste fim de semana, tive uma aula de filas. Eu e minha esposa resolvemos curtir o show de uma banda que gostamos muito. Pegamos um voo e fomos. Chegando ao local, a (des)organização do evento que contava com cerca de 30 mil pessoas, disponibilizou apenas uma entrada para o público. Uma fila enorme se formou e sem exagero, algo em torno de umas 1 ou 2 mil pessoas estavam na fila que deveria ter cerca de uns 3km ou mais. Fiquei pensando, onde estamos? Por que as pessoas nesse país não tentam fazer a coisa certa, com um pouco mais de organização e respeito? PQP! Desculpe-me pelo xingamento, mas na hora eu xinguei. Observei que de certa forma, a grande maioria respeita a fila e tem um mínimo de senso de coletividade, se é que posso pensar assim. O público entrou, imagino que sem incidentes e as coisas deram certo.
Na volta para casa, milhares de pessoas querendo transporte, táxi, principalmente. Aí, meu amigo, não há fila! Cada um por si e a parte mais egoista, animal e sem inteligência começa aparecer. Quem quiser que seja mais esperto que o outro.
Novamente no aeroporto, vejo uma fila inacreditável para entrar na sala de embarque. Uma fila que jamais vi naquele local que tanto já passei. Uma fila que preenchia o saguão do aeroporto. Eu perguntei para minha esposa: O que está acontecendo?

***
Por que eu estou comentando isso? Ah, esse é um blog de bipolares dia a dia! Ou seja, aconteceu, sua reação pode ser adversa, ou não. Depende de como você está lidando com o seu transtorno, ou como diz minha psicóloga, adoecimento.
Quando eu ainda não sabia muito bem o que eu tinha com relação a minha saúde, ou fragilidade mental, em uma fila dessas, todos os sons externos começavam a me invadir. Aquilo me irritava de tal maneira que eu tinha vontade de sair gritando. Eu sentia que poderia ter um dia de fúria, como no filme. Aquilo me incomodava muito. Eu sofria com aquela sensação. A inquietude, o calor, a impaciência, irritabilidade...
Saber do meu transtorno me fez enxergar o que me incomoda e ainda me dá ferramentas para poder enfrentá-lo. O pior inimigo é aquele que a gente não vê.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013




"Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas, as certezas. Os sonhos anunciam outra realidade possível e os delírios, outra razão.
Somos, enfim, o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas a sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia.
Nessa fé, fugitiva eu creio. Para mim, é a única fé digna de confiança, porque é parecida com o bicho humano, fodido mas sagrado."


(Eduardo Galeano)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Carl Jung

“É com freqüência trágico ver o quão evidentemente um homem ou uma mulher estraga a própria vida e a vida de outros e, ainda assim, permanece totalmente incapaz de ver que toda a tragédia tem origem nele mesmo e como ele continuamente a alimenta e a mantém em curso. Não conscientemente, é claro – pois conscientemente ele está engajado em lamentar um mundo pérfido que se perde cada vez mais na distância. Antes é um fator inconsciente que tece as ilusões que vela o seu mundo.”

sábado, 17 de agosto de 2013

Stephen Fry

"Há onze anos, saí ao nascer do dia de meu flat no centro de Londres, fui até a garagem, vedei a porta com um edredon que trouxera e entrei no carro. Lá fiquei, creio, ao menos por umas duas horas, com as mãos na ignição. Era uma tentativa de suicídio, não um grito por socorro. Rumei então em direção ao Sul, e tomei um vapor para o Continente. Apenas sabia que não podia ficar em casa, e realmente acreditava que jamais retornaria à Inglaterra. Não podia suportar o olhar de qualquer pessoa que conhecesse. Mas após uma semana retornei secretamente para a Inglaterra, para um hospital, e um doutor disse que eu era bipolar."

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Stephen Fry

Stephen John Fry é um ator, roteirista, apresentador de televisão, cineasta e comediante britânico nascido em Hampstead, Londres, 24 de agosto de 1957, Inglaterra. Fry trabalhou em vários papéis com Hugh Laurie e Rowan Atkinson. Ele chamou pela primeira vez a atenção na apresentação do Cambridge Footlights Revue, em 1982, "The Cellar Tapes", que também incluiu Hugh Laurie, Emma Thompson e Tony Slattery.

Como ator, Fry desempenhou o papel principal no filme Wilde e o apresentador de talk-show Gordon Deitrich em "V de vingança" (2006). Ele também apresentou uma série de televisão "2008 Stephen Fry in America", na qual ele viajou em todos os 50 Estados americanos em seis episódios. Fry tornou-se conhecido do público americano por seu papel recorrente como convidado o Dr. Gordon Wyatt na série Bones, da FOX. Na televisão britânica, ele apresenta o programa QI, pela BBC.


Se tornou ainda conhecido nos Estados Unidos por emprestar sua voz ao desenho animado Pocoyo, com temática voltada para crianças em idade pré-escolar, e por ser mencionado em uma canção e no próprio título de um gravação do cantor e compositor Zeca Baleiro, Por Onde Andará Stephen Fry?.

Além de seu trabalho na televisão, Fry contribuiu com colunas e artigos para jornais e revistas, e já escreveu quatro romances e uma autobiografia. Ele também aparece com freqüência em BBC Radio 4.Fry tem sido descrito como um "tesouro nacional", um fenômeno e "um epítome do Homem da Renascença

Entrevista com Stephen Fry


Em 2008 participou da narração do jogo de videogame LittleBigPlanet, da MediaMolecule.

Em um dos seus últimos trabalhos, Fry dublou o Gato Risonho de Alice no Pais das Maravilhas de Tim Burton.

Ficou famoso por ter lido toda a série dos livros do Harry Potter em formato de audiobook e 
por ser viciado em tecnologia. Dizem que não existe um smartphone que ele não tenha comprado. Participa dos eventos em favor do GNU - Linux e apreciador dos computadores da Apple Inc.

Em 2011, fez o papel do irmão de Sherlock Holmes, Mycroft Holmes, no filme Sherlock Holmes: A Game of Shadows.



"Um dos casos mais notórios da biografia de Stephen Fry é o episódio do seu desaparecimento em 1995. Ele atuava na peça Cell Mates, de Simon Gray - que conta a história de George Blake, um espião condenado a 42 anos de prisão por trabalhar para os russos - quando, após ler uma crítica negativa no jornal Financial Times, teve uma crise bipolar e resolveu não mais participar da peça. Em seu documentário para a BBC 2, The Secret Life of the Manic Depressive (2006), Stephen conta o episódio:
Há onze anos, saí ao nascer do dia de meu flat no centro de Londres, fui até a garagem, vedei a porta com um edredon que trouxera e entrei no carro. Lá fiquei, creio, ao menos por umas duas horas, com as mãos na ignição. Era uma tentativa de suicídio, não um grito por socorro. Rumei então em direção ao Sul, e tomei um vapor para o Continente. Apenas sabia que não podia ficar em casa, e realmente acreditava que jamais retornaria à Inglaterra. Não podia suportar o olhar de qualquer pessoa que conhecesse. Mas após uma semana retornei secretamente para a Inglaterra, para um hospital, e um doutor disse que eu era bipolar.
O acontecimento inusitado, além de ter rendido muitas páginas nos jornais britânicos, inspirou a música Stephen Fry do compositor maranhense Zeca Baleiro, presente no seu primeiro discoPor Onde Andará Stephen Fry?, de 1997. Eis a letra da música:
Por onde andará Stephen Fry?
Por onde andará Stephen?
Ninguém sabe
Do seu paradeiro
Ninguém sabe
Pra onde ele foi
Pra onde ele vai...

Stephen may be felling
All alone
Stephen never do this again
Come back home
Se correr
O bicho pega Stephen
Se ficar o bicho come
Se correr
O bicho pega Stephen
Se ficar o bicho come...

Por onde andará Stephen Fry?
Por onde andará Stephen?
Ninguém sabe
Do seu paradeiro
Ninguém sabe
Pra onde ele foi
Pra onde ele vai...

Stephen may be felling
All alone
Stephen never do this again
Come back home
Se correr
O bicho pega Stephen
Se ficar o bicho come
Se correr
O bicho pega Stephen
Se ficar Stephen
O bicho come
Se correr
O bicho pega Stephen
Se ficar o bicho come...

Por onde andará Stephen Fry?
Por onde andará Stephen?


Zeca Baleiro também teve a oportunidade de entrevistar o próprio Stephen Fry para o UOL e, ao ser perguntado o que havia achado da música, Stephen respondeu:

Eu acho ‘Stephen Fry’ uma música absolutamente maravilhosa. Eu realmente amo essa música. Eu vejo eu mesmo andando, murmurando e cantando a música para mim mesmo. Você tem uma voz realmente atraente e generosa, e não há nenhuma dúvida de que o meu nome combina perfeitamete com o tom da música. Se eu tivesse me chamado Oliver Flutterwick ou algo parecido, certamente teria sido muito difícil de fazer a música, não seria? Quanto ao CD em geral, eu realmente o admiro muito. Eu não havia escutado nenhum trabalho seu antes. Eu gosto muito das variações de ritmos e estilos. Meus parabéns."


Para ler a entrevista na íntegra: http://www2.uol.com.br/uptodate/zeca/html/zecafry.html


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O Lado Bom da Vida


Trailer


Pat Solatano (Bradley Cooper), um cara que perdeu tudo - sua casa, seu trabalho, e sua esposa. Ele agora se encontra vivendo com sua mãe (Jacki Weaver) e o pai (Robert DeNiro), depois de passar oito meses preso. O homem está determinado a reconstruir sua vida e voltar com sua esposa, apesar das circunstâncias difíceis de sua separação. Porém, quando Pat conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma misteriosa e problemática garota, as coisas se complicam.

Bradley Cooper ... Pat
Jennifer Lawrence ... Tiffany
Robert De Niro ... Pat Sr.
Jacki Weaver ... Dolores
Chris Tucker ... Danny
Anupam Kher ... Dr. Cliff Patel
John Ortiz ... Ronnie
Shea Whigham ... Jake
Julia Stiles ... Veronica
Paul Herman ... Randy
Dash Mihok ... Officer Keogh
Matthew Russell ... Ricky D'Angelo
Cheryl Williams ... Tiffany's Mother
Patrick McDade ... Tiffany's Father
Brea Bee ... Nikki
Regency Boies ... Regina
Phillip Chorba ... Jordie


Título no Brasil: O Lado Bom da Vida
Título Original: Silver Linings Playbook
Estúdio/Distrib: Weinstein Company, The, Mirage Enterprises
País de Origem: USA
Gênero: Comedy | Drama | Romance
Direção: David O. Russell



Filme Completo

 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um homem tem muitas peles, cobrindo as profundezas do seu coração. O homem conhece muitas, muitas coisas; ele não conhece a si mesmo. Ora, trinta ou quarenta peles ou couros, como que de boi ou urso, muito espessas e duras, cobrem a alma. Entre no seu próprio território e aprenda a conhecer-se lá.

(Meister Eckart)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Medicação III



Ê laiá! Lá fui eu atrás do meu salvador ou salvadora para encontrar minha combinação perfeita: as minhas bolinhas da felicidade...

Depois de um novo surto de explosão, onde eu vinha de um estado de depressão, eu e minha esposa brigamos, trazendo desgaste para nossa relação. O desgaste, infelizmente, é sentido até hoje entre nós. Volta e meia, quando brigamos, sou lembrado daquele episódio e ainda tenho que engolir que nossa relação passou por maus momentos por culpa minha. Carregar essa culpa é algo definitivamente ruim e quando percebi que teria que levar isso adiante, fiquei com um medo do futuro horrível.

Não sei se já mencionei em algum outro post, mas se dá mais ou menos assim: mantenho-me razoavelmente bem até um certo momento. Confio nesta falsa estabilidade e começo a ficar mal. O TBH é silencioso, não se esqueça. Depois que entro em depressão não consigo sair e minha sensibilidade está em alta. Desconto em quem está por perto e geralmente é em quem eu amo, minha família.


Bom, contei tudo isso para mostrar que depois de um surto horrível fui intimado pela minha esposa a procurar novamente um profisional e me curar, levando a sério o tratamento, caso contrário, ela me deixaria.

Indicaram-me uma Doutora Sra. que finalmente acertou a medicação. Essa experiente médica me receitou DEPAKOTE-ER, que é o divalproato de sódio, uma mistura em proporções iguais de ácido valpróico e valproato de sódio. A vantagem dessa apresentação é a menor incidência de irritação gástrica uma vez que o valproato ou o ácido apresentar esse efeito colateral (Psicosite);

















a SERTRALINA, que é um antidepressivo inibidor específico da recaptação da serotonina e suas principais indicações são para o tratamento da depressão e do transtorno obsessivo-compulsivo. Neste caso, a médica me recomendou por causa dos meus quadros de depressão (Psicosite);



e o TOPIRAMATO, anticonvulsivante que possui evidências de agir como estabilizante de humor e como neuroprotetor. É usado no tratamento de Transtorno bipolar e ciclotimia, bem como outros diversos transtornos e doenças, como:
  • Epilepsia
  • Enxaqueca
  • Dor neurogênica
  • Obesidade
  • Alcoolismo
  • Tabagismo (Wiki)



Fazendo uso desses três medicamentos eu comecei a me estabilizar. A partir daí comecei a frequentar um psicoterapeuta semanalmente...


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Bipolares Famosos e diversos depoimentos

Pensei em fazer algo assim como o vídeo abaixo depois que publiquei o post Bipolares Famosos, porém, encontrei esse vídeo no Youtube e não vejo mais motivo para tal. O vídeo ilustra muito bem o que queria fazer, inclusive a forma. Nela há os bipolares famosos que refiro no post.

A título de observação, identifiquei-me em vários depoimentos, infelizmente.


O que é o Transtorno Bipolar?

Vídeo simples, porém bem feito e objetivo. Recomendado para aqueles que conhecem pouco da doença.
Gostei e vale à pena conferir. Fica a dica!






terça-feira, 6 de agosto de 2013

Prece Árabe

No post Exercício Físico x Transtorno de Humor, cito que a meu ver existe um tripé para que haja um tratamento de sucesso para o portador de transtorno bipolar, sendo: medicação psiquiátrica e seu consequente acompanhamento, acompanhamento psicoterápico e exercícios físicos regulares. Porém, penso que crer em Deus e em suas infinitas possibilidades deve ser considerado como o grande pilar dessa estrutura. Sem a estrutura espiritual, o tripé fica sem base e pode, digo, pode vir a ruir. Esse é o meu pensamento, é assim que eu penso.
Segue então uma bela oração que ouvi em uma casa de oração que gosto muito.
Grande abraço a todos e fiquem com Deus!





Prece Árabe


Deus, não consintas que eu seja
o carrasco que sangra as ovelhas,
nem uma ovelha nas mãos dos algozes.

Ajuda-me a dizer sempre a verdade
na presença dos fortes e jamais dizer mentiras
para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus ! Se me deres a fortuna,
não me tires a felicidade;

se me deres a força, não me tires a sensatez;
se me for dado prosperar, não permita que eu
perca a modéstia, conservando apenas o
orgulho da dignidade.


Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários, nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão da
glória, quando bem sucedido, nem

desesperado quando sentir insucesso.
Lembra-me que a experiência de um fracasso
poderá proporcionar um progresso maior.

Senhor! Faze-me sentir que o perdão é o maior
índice da força e que a vingança é prova de fraqueza.

Se me tirares a fortuna, deixa-me a esperança.
Se me faltar a beleza da saúde, conforta-me
com a graça da fé.

E quando me ferir a ingratidão e a

incompreensão dos meus semelhantes, cria em
minha alma a força da desculpa e do perdão.


E finalmente Senhor, se eu Te esquecer,
te rogo, mesmo assim, nunca Te esqueças de mim...


Traduzido do árabe por Seme Draibe


Abaixo segue um vídeo caseiro que eu fiz:





Calo-me

Às vezes falo tanto, mas tanto, que chego a mandar eu mesmo a calar a boca!!


sábado, 3 de agosto de 2013

Soneto à Conduta



São canções que se perdem dos ouvidos.
Palavras que roem o coração.
Gestos carinhosos, os mais queridos.
Gritos manhosos na escuridão.

Do choro engasgado e dividido,
a lágrima precisa vai ao chão.
Vestígios de ter amado, vivido,
sofrido, habitam a solidão.

Por que o exílio dentro de si
fez-se solução, fez-se agradar?
Um refúgio de quem não mais sorri.

Perdoe-me, meu Deus, se ela desatar
o nó da vida com vocês daí
e se atirar dum penhasco ao mar

(05/98)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Tratamento para o preconceito

Minha esposa me mostrou essa imagem e resolvi divulgá-la. Apenas a imagem basta para dizer muita coisa.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Exercício físico x Transtorno de humor

Não foi uma nem duas vezes que ouvi falar sobre como é importante o exercício físico na vida de um portador de Transtorno Bipolar de Humor. Minha psiquiatra, minha psicóloga e também minha esposa sempre me incentivaram, porém não conseguia dar essa guinada de mudança de hábitos na minha rotina.

Em poucos meses cheguei a aumentar cerca de 15Kg depois que comecei a fazer uso de medicamentos, os quais cito aqui. Para quem sempre teve o corpo em dia, esse foi um fator de desmotivação muito grande. Pior ainda é ver que por mais que tentasse por meio de dietas acompanhadas com nutricionista, não conseguia descer meu peso. 

O excesso de peso trouxe, além de tristeza com relação à minha aparência, também outras disfunções. Como sempre tive tendência familiar com colesterol, ele começou a aumentar perigosamente. 

Minha auto-estima estava cada vez mais baixa, pois não acreditava que podia ser capaz de mudar o quadro que me encontrava, e com isso eu caía cada vez mais aos pés da doença. 

Mesmo sabendo, não conseguia sentir os efeitos positivos que a caminhada e corrida, por exemplo, são capazes de prover. Os exercícios aeróbicos liberam endorfina, o que trás alegria e relaxamento e prazer e ainda aumentam os níveis de BDNF (proteína responsável pela regeneração neuronal), prevenindo o dano cognitivo. (http://gapb.wordpress.com/2012/07/16/exercicio-fisico-no-tratamento-do-transtorno-bipolar/)






O MOMENTO DA MUDANÇA

Mudar os hábitos não foi fácil. Precisei ouvir palavras difíceis e me sentir bastante desconfortável para agir. Não consegui antever o problema e agora corro, literalmente, atrás do prejuízo. Gosto de uma cerveja gelada e quase parei praticamente e a meta é parar completamente. Sempre gostei de bons vinhos e esse prazer precisa ser moderado. Parar não vou, pois não sou alcóolico. Meu problema não é com o alcool, mas com seu ecesso. 

Precisei fazer um grande esforço para ir para cama contar carneiros, bodes e cabritos na primeira semana. Fritava e não conseguia dormir. No outro dia era um outro grande esforço para acordar. Lá estava eu na rua. O frio da manhã não me desanimou. Fiz das adversidades minha aliada. Passava o dia cambaleando de sono e quando chegava à noite, dormia cada vez mais cedo.

Minha esposa adoroou a ideia. Começou a ver um marido que 22h sentia um sono saudável. Eu passei a dormir e não me debater à noite. Parei de falar e me agitarenquanto dormia.


Depois de entender os benefícios da atividade física, interpreto que o tratamento para o portador de TBH é um tripé contendo: medicação psiquiátrica e seu consequente acompanhamento, acompanhamento psicoterápico e exercícios físicos regulares. A meu ver, sem um desses, o alcance da melhoria se torna cada vez mais distante e difícil de se enxergar.

Fica a dica a você que teve paciência de ler o texto todo, caro amigo leitor. Tenha um excelente dia!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dormir: a hora do pesadelo!



Por mais que minha médica tenha acertado em minha medicação, o momento de dormir não é fácil. Tenho a sensação que meu organismo já sente, uma hora antes, que é chegada a hora e daí já começa o boicote. Mas é preciso persistir e lá vou eu. Na cama, muitas vezes frito de um lado e de outro esperando o cérebro desacelerar.

Um maremoto de pensamentos vem com força total. Daí até me questiono: Será que estes pensamentos já não estavam aqui durante o dia todo e eu não dei atenção? Agora, no silêncio da noite, é a vez deles. O que vou fazer amanhã? Como vou fazer? Esqueci de pagar aquela conta do banco; preciso ser uma pessoa melhor para minha família; sinto-me um inútil depressivo que não acrescento nada a ninguém; como posso alcançar a felicidade? o que é realmente a felicidade?; fiquei de ler aquele livro ano passado e ainda não li... aahhh... Não bastasse tanto pensamento, ainda tenho um zumbido chato no ouvido. De dia, nem me lembro que tenho, mas de noite.... biiii... biiii... procuro ficar tranquilo, caso contrário, surto.

O corpo começa a relaxar... que beleza. Parece que vou dormir. Que nada! É aí que vem o "Freddy Krueger". Só pode ser pesadelo. Os pés coçam, o nariz, a bunda. O vizinho de cima comer arrastar móveis. Mas são 02h! Será que é o de cima. Talvez o de baixo. Já está me encomodando. Será que vou reclamar com o porteiro? Começo a ficar neurótico total e lembro-me da minha terapeuta que me ensinou que o transtorno bipolar é umtipo de neurose. Neurose: uma reação exagerada do sistema emocional em relação a uma experiência vivida (Reação Vivencial). uma maneira da pessoa SER e de reagir à vida. E daí lembro-me do meu pai que dizia: Você é um dramalhão italiano. Mas sou? Já fui? Sei lá... Meu Deus!! O que isso tem a ver com a hora de dormir... mais um pensamento de 10 anos atrás. 

Mas o improvável acontece. Começo a "groguear". Entro em alfa. Hoje costumo ainda a falar algumas coisas antes de pegar totalmente no sono. Percebo que falo. Talvez seja resquício da agitação. Falo qualquer coisa, resisto, rio alto KKKKKKK. Durmo. Finalmente.

Pouco tempo depois...

Bom dia! Mais um dia começa. Está pronto ou atrasado? Esta é outra história.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sonetilho





http://img128.imageshack.us/img128/2383/cais.jpg



Em seus olhos há um brilho
d'esperança dum cantar.
A luz que ilumina o filho
onde dança sobre o mar.

Em seu olhar corta um trilho
que te levas a sonhar
nesse eterno Sonetilho
que transborda um luar

Olhar: transitável cais
que recolhe o querer
mal e bem que satisfaz

E essa luz que ninguém vê?
Só se pode crer, não mais.
É o sol que existe em você

(05/1998)

terça-feira, 2 de julho de 2013

O que há no meu silêncio II

http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/496003/gd/1244546621/Meu-silencio.jpg


O que há no meu silêncio?
Angústia há no meu silêncio 
Você sabe? Eu não sei! Às vezes não sei
Busco saber o que há no meu silêncio

Calado silencio para buscar o que há no meu silêncio
O que sei? O que penso? O que tenho? O que sinto?
O que vejo em meu silêncio?
Seus olhos veem o que os meus olhos veem no meu silêncio

Quero acalmar tanta tormenta dentro do peito
No silêncio não há calma
Não há paz.
No silêncio há turbulência

Meu silêncio não é meu
Compartilho-o com fantasias e sonhos
Veem e vão indiscriminadamente.
Vozes, ventos, zumbidos, lembranças
Cores, sentidos, sensações.

 Não. No meu silêncio não há silêncio.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Bipolar dia a dia...

Como é difícil se entender... Já ouvi e vi muitas pessoas dizendo que falar de si é bastante difícil. Falar de si sem saber o que pode vir pela frente, acredito ser pior ainda.

Você, meu amigo leitor, que sofre de TAB, sabe ou saberá que por muitas vezes estamos bem e de repente o castelo de cartas desaba. Basta um pequeno vento para tudo cair, como se ali no meio das cartas houvesse esperança e felicidade...


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHf0CzzTGiyAlCS_kXsG7K_McGIBSAUoScFZ37cmzM84PNA0bOKWUrav5CtFBdMTilf9GShuMh3tx8JU8iT41dR7Cxy3fGGtlQePtwAJ2PLrRt6YSSQRsijYTlGFnh_xvff6o82VOD9jZi/s1600/quadro-de-castelo.jpg

Hoje eu acordei assim. Infelizmente tive a nítida sensação que aquela felicidade que me acompanhava tinha um tempo para acabar, e acabou. Acreditei que pudesse ser um simples cansaço ou fadiga mental, mas lembrei-me que passei o fim de semana de pernas para o ar, curtindo momentos bons ao lado de minha esposa...

Caí novamente para a doença e caí na real novamente: esta doença não sai de mim. Como é triste e angustiante. Já veio aquela vontade de chorar e uma dor no peito muito forte. Lembrei-me que agora a pouco eu estava bem, estava disposto e otimista, porém não conseguia frear o bolso, estava permanentemente com uma hiperatividade absurda, agitação fora do normal. Estava com todos os  sintomas, mas não consegui enxergar, não queria acreditar nisso....

Sou diagnosticado há 2 anos. Hoje sei que tenho a doença provavelmente desde a adolescência e mesmo assim ela me pega de surpresa. Meu organismo me pega de surpresa, minha mente frágil...

Neste momento tudo são reticências, tudo são etcéteras... tudo se estende a um momento que não sei qual será... Reativamente estou perto de matar um e isso também me faz ter vontade de chorar, não nego. Não gosto disso...

Quero e preciso de quem me ama perto. De quem me compreende. Sei que tenho.
Vejo como pode-se ser frágil com essa p***a de doença!!!

Não queria ser assim, bipolar dia a dia...