São canções que se perdem dos ouvidos.
Palavras que roem o coração.
Gestos carinhosos, os mais queridos.
Gritos manhosos na escuridão.
Do choro engasgado e dividido,
a lágrima precisa vai ao chão.
Vestígios de ter amado, vivido,
sofrido, habitam a solidão.
Por que o exílio dentro de si
fez-se solução, fez-se agradar?
Um refúgio de quem não mais sorri.
Perdoe-me, meu Deus, se ela desatar
o nó da vida com vocês daí
e se atirar dum penhasco ao mar
(05/98)
Nenhum comentário:
Postar um comentário